Hoje apresentamos a estreia mundial da série documental As Novas Fronteiras da Comunicação. Criada pela consultora de comunicação MARCO e disponível na Amazon Prime Video, a estreia representa um momento histórico. A série mostra a visão patenteada TFCOM® (Transcender as Fronteiras da Comunicação) e explora o novo paradigma da comunicação. Nela, é demonstrado como a Internet e a COVID-19 revolucinaram a maneira de informar, transmitir e atrair clientes, funcionários, investidores e turistas. A peça audiovisual dá voz a numerosos líderes empresariais e executivos de uma ampla variedade de setores, sobre a forma como a COVID-19 impactou os seus negócios mudou a forma como se comunicam. A partir de hoje, está disponível para visualização na Amazon Prime Video para os utilizadores na Espanha, Reino Unido e Estados Unidos.

A evolução da era digital atenuou as fronteiras geográficas e substituiu-as por fronteiras linguísticas. Em plena era da Internet, onde os consumidores de informação e especialmente os nativos digitais têm acesso a um conteúdo global, já não faz sentido delimitar a comunicação a zonas geográficas. A nova fronteira é o idioma. “O conceito de fronteira foi-se desfazendo até chegarmos à explosão da globalização, onde as fronteiras estão delimitadas apenas pelos idiomas…” Como aponta Professor de História e Jornalismo na Universidade Carlos III. Ao eliminar as fronteiras geográficas, tanto a informação, quanto a comunicação e o entretenimento convertem-se em conceitos de consumo globais, em qualquer momento e em qualquer lugar.

Existe uma segunda fronteira que foi redefinida, entre a emoção e a razão. A razão foi sempre tendo mais peso neste binómio, mas a balança está a mexer-se em favor da emoção, o que coloca em perigo o próprio conceito de democracia. O consumo de informação racional e analítico baseado na leitura e na crítica foi substituído pela rápida visualização do conteúdo em imagens, onde se apela para os sentimentos mais básicos. Este fenómeno propiciou o crescimento de correntes como o populismo, e movimentos ideológicos e sociais que apelam à emoção por cima da razão. Tudo isso amplificado pelas próprias redes sociais e Internet. Por isso, as gerações mais jovens são as que mais estão a agir movidas pelas suas emoções, já que são aquelas que cresceram com imagens em substituição de palavras e, claro, com o vídeo. O vídeo tornou-se na nova plataforma comunicativa por excelência, já que apela ao coração e evita debates. Um bom exemplo disso é o mundo cinematográfico, no qual, tal como aponta Jota Linares, realizador e argumentista de cinema, “a emoção e a verdade têm sempre que ser a prioridade. Se não há emoção, não há nada”, mas detalha que o fundamental é “ encontrar o equilíbrio onde se mistura a emoção e a razão,  com verdade”.

Em relação a marcas e empresas, assim como aponta Elisenda Picola, Diretora de Marketing da Kraft-Heinz, “Aprendemos a reinventar-nos rapidamente e já não basta fazermos uma campanha de marketing ou uma campanha comercial, o que realmente temos que trabalhar são planos que sejam relevantes para o consumidor”. De acordo com Karen Davies, Responsável de comunicação de Friends of Glass, “Liderar pelo exemplo é uma das maiores maneiras de mostrar empatia tanto por um produto quanto por uma marca, por uma causa” e acrescenta que “é aí que a emoção se conecta com a razão, todos em contacto com algo que nos inspirou e nos motiva para uma mudança”.

A série documental mostra outra das fronteiras que tende a desaparecer, que se trata da que existe entre o Dircom e o Marcom. Dois perfis até agora em pólos opostos apesar de trabalharem na mesma empresa.

O CEO da Publicis Communications Espanha, Xabier Olazabal, afirma que “A reputação começa a afectar excessivamente os objetivos comercias para que o DIRCOM fique isolado” e acrescenta que “o diretor de marketing e o diretor de comunicação começam a trabalhar juntos e a integrar-se pelo bem do elemento comum que é a marca”.

A fronteira entre comunicação empresarial e de marca desapareceu. Os utilizadores querem saber não apenas sobre os valores das marcas, mas também sobre como se comportam as empresas para além da sua RSE. Os soft values ganharam peso, transcendendo do territorio da Marcom e imagem de marca ao da Direcom e criação de reputação.

Nas palavras de Miguel López-Quesada, presidente da DIRCOM “Temos um terreno comum, marketing e comunicação. Na marca será essa promessa de marca a longo prazo, em reputação será construir essa reputação de uma maneira sustentável”. Conceitos como equidade, sustentabilidade e especialmente segurança desde o COVID, são agora chave tanto na decisão de compra no turismo quanto em retalho, alimentação, etc, convertendo-se em eixos da comunicação.

Dentro do setor da comunicação, a fronteira entre agências e meios agora é mais ténue do que nunca. Ambos são responsáveis pela produção de conteúdo e difusão de histórias. A relação está baseada na confiança e no objetivo comum que é a informação de qualidade. Desta forma, estão cada vez mais a trabalhar em estreita colaboração. Agências como a MARCO, por exemplo, atravessaram essa linha indefinida, tendo adiquirido o meio económico Ejecutivos. 

Depois destas 4 fronteiras da comunicação, acrescenta-se uma útima criada pela COVID-19. A pandemia levou-nos a novos hábitos de consumo: o boom do e-Commerce, o aumento do consumo em casa em detrimento da indústria hoteleira, o crescimento imparável do streaming e redes sociais. Mudanças que pedem um foco muito diferente nas campanhas de comunicação e marketing.

Em relação a isto, Inés Fonseca, Ex Marketing Manager da Subway Espanha e atual Marketing Manager da J&B Southern Europe na Diageo, garante que “o maior desafio para qualquer marca é que temos que criar uma estratégia que sriva a uma realidade que ainda não existe, que está a ser construída a cada dia”.

A série documental conta com a colaboração da Associação de Diretores de Comunicação (Dircom) e com a participação de líderes de opinião dos setores de marketing, da comunicação e da publicidade como Miguel López-Quesada, Presidente da Dircom; Xabier Olazabal, CEO da Publicis Communications Espanha; e Juan Carlos Sánchez, Professor de História do Jornalismo da Universidade Carlos III de Madrid, juntamente com personalidades do mundo do cinema, como Jota Linares (¿A quién te llevarías a una isla desierta?, Animales sin collar), e jornalistas como Carlos Córdoba, Redator Chefe de Multimédia no El País, Juanjo Santacana, Diretor no El Economista, Maria Victoria de Rojas, Editora na Ejecutivos ou Carmen Bejerano, Redatora Chefe na ELLE.

Didier Lagae, CEO e fundador da MARCO, é o produtor executivo da série As Novas Fronteiras da Comunicação. Recentemente, Didier foi nomeado European e Global PR Professional of the Year pelos PRWeek e Stevie Awards, respetivamente. Antes de fundar a MARCO, há 18 anos, Didier ocupou cargos de responsabilidade na Edelman e na Weber Shandwick. Também foi Diretor Global de Comunicação na The Body Shop e Diretor de Comunicação Externa para a EMEA na Levi Strauss. Para além disso, é Líder Climático na organização Climate Reality Project, criada por Al Gore, além de autor do livro ‘Marca país, un país como marca’ e presidente dos Country Brand Awards.

Sobre o lançamento, Didier Lagae comentou: “já tinha produzido e realizado muitos filmes de marcas e anúncios de televisão, mas nunca uma série documental do início ao fim. Tudo isso foi, sem dúvida, uma experiência muito apaixonante e espero que esta série documental ajude profissionais de relações públicas de todo o mundo a compreender melhor como podemos influenciar os nossos investidores e consumidores”.

Last modified: 18 Março, 2021

Author

Comments

Write a Reply or Comment

Your email address will not be published.